PCdoB-RS realiza plenária de trabalhadores rumo ao 15º Congresso

O PCdoB do Rio Grande do Sul realizou, nesta quinta-feira (2), por meio de sua secretaria sindical, a Plenária de Trabalhadores e Trabalhadoras de Porto Alegre, como parte das atividades do 15º Congresso do partido. Realizado de maneira virtual, o evento contou com as participações de Márcia Campos, secretária nacional adjunta da Mulher do PCdoB, e Nivaldo Santana, secretário sindical nacional.

A plenária teve início com a fala do dirigente Márcio Cabral, que traçou um panorama do empobrecimento da população de Porto Alegre nos últimos anos e da piora dos serviços públicos especialmente nas duas últimas gestões — a anterior, de Nelson Marchezan Jr. (PSDB) e a atual, de Sebastião Melo (MDB), que está alinhado com a política do presidente Bolsonaro. Também destacou o aumento da miséria e da fome e o agravamento da precarização e informalidade no trabalho, questões urgentes a serem enfrentadas também no âmbito municipal.

Outro ponto destacado da fala de Márcio e de Márcia Campos foi a solidariedade à vereadora Bruna Rodrigues que, na véspera (1º), sofreu violência de gênero na Câmara de Porto Alegre por parte do vereador bolsonarista Alexandre Bobadra (PSL).

A dirigente nacional Márcia Campos traçou um panorama geral da situação do país e de como as crises econômica, social e sanitária e o alto índice de desemprego afetam a vida da classe trabalhadora, especialmente das mulheres. Também falou sobre os ataques sistemáticos de Bolsonaro à democracia e da importância da frente ampla para desgastar, isolar e derrotar o presidente e sua política destrutiva. Ela defendeu que é preciso “mobilizar a sociedade contra os ataques ao povo” e salientou que o processo do 15º Congresso “é símbolo da emancipação de nossas consciências”.

O secretário sindical Nivaldo Santana colocou que o Brasil vive uma tensão política permanente com Bolsonaro flertando com o golpe e enfatizou que além de derrotar Bolsonaro, é preciso que seja implantado um governo de reconstrução que tenha o Estado como protagonista, como vetor principal do crescimento e do desenvolvimento. Nivaldo lembrou que a tese do Estado mínimo fracassou no mundo inteiro e que é preciso fortalecer a nação para construir, futuramente, a transição ao socialismo.

Neste cenário, o dirigente apontou o papel do trabalho como centro do desenvolvimento do país. “Temos que lutar pela ampliação do emprego formal, pela regularização do trabalho, pela redução da jornada, por mais salário, pela recuperação da Justiça do Trabalho e pelo fortalecimento dos sindicatos, principal ferramenta de organização e luta dos trabalhadores”, disse.

Ao mesmo tempo, salientou a importância de o PCdoB ser revigorado e ter maior capilaridade e influência de massa para que o partido possa seguir, fortalecido, lutando pelo desenvolvimento do país e os direitos do povo.

 

Por Priscila Lobregatte