EUA: Patrimônio de bilionários aumenta em 15% durante a pandemia

FILE - In this June 16, 2014, file photo, Amazon CEO Jeff Bezos walks onstage for the launch of the new Amazon Fire Phone, in Seattle. Bezos offered a glimpse of his vision for the future during an interview on May 31, 2016, at the Code Conference in Rancho Palos Verdes, Calif. (AP Photo/Ted S. Warren, File)

Jeff Bezos, dono da Amazon, vê sua riqueza aumentar enquanto população sofre com os efeitos da pandemia. Foto Reprodução

Bilionários dos Estados Unidos têm visto seu patrimônio aumentar sensivelmente durante a pandemia do coronavírus, ao passo em que milhões de cidadãos do país perderam seus empregos. A informação é do Instituto para Estudos Políticos.

De 18 de março (quando se iniciou oficialmente a política de isolamento no país) até 19 de maio, os cerca de 600 bilionários oficialmente contabilizados nos EUA viram sua renda aumentar em cerca de 15% (ou em cerca de US$ 434 bilhões), segundo o relatório do IEP, feito a partir de dados coletados pela Forbes.

No mesmo período, 38 milhões de estadunidenses recorreram a algum tipo de auxílio do governo. Esse número não computa aqueles não se enquadram nos requisitos para a solicitação de benefícios, como os imigrantes ilegais.

“Enquanto milhões arriscam suas vidas, trabalhando na linha de frente da pandemia, esses bilionários se valem de um sistema tributário que canaliza a riqueza apenas para aqueles que estão no topo”, lamenta Chuck Collins, um dos autores do estudo.

Entre os bilionários com maior ganho durante a pandemia está Jeff Bezos, chefe-executivo da Amazon, que viu seu patrimônio aumentar em cerca de 30% durante a pandemia. Os pedidos online de sua empresa dispararam durante a pandemia. Ao mesmo tempo, os trabalhadores de sua empresa (considerados como “essenciais” para que as entregas continuassem sendo entregues), seguem protestando e exigindo mais proteção e maiores benefícios.

Até esta sexta-feira (22), os EUA já haviam contabilizado 96.370 mortes pela Covid-19, com cerca de 1.6 milhão de infectados.

 

Tradução e edição: Fernando Damasceno