Conferência do PCdoB de Curitiba-PR elege nova direção

A Conferência Municipal do PCdoB em Curitiba-PR foi realizada neste último sábado (21). Na ocasião, os comunistas debateram a tese do 14º Congresso do partido e elegeram sua nova direção para o próximo biênio.

Marcada pela análise da crise política brasileira, em um contexto de radicalização da luta de classes no Brasil e no mundo, a militância comunista de Curitiba reverbera a necessidade da construção de uma Frente Ampla das forças progressistas, em defesa da democracia e da soberania nacional.

Nesta linha, avalia-se que o combate aos retrocessos promovidos pelo governo golpista de Temer, em sintonia com os desgovernos de Richa e Greca, precisa avançar para além da vitória eleitoral das forças progressistas em 2018, mas apontar para a conquista de uma Nova Independência do Brasil.

A Conferência Municipal é parte da mobilização nacional do partido ao 14° Congresso Nacional do PCdoB, que ocorrerá em Brasília, entre os dias 17 a 19 de novembro deste ano.

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Nova Direção 

Durante a Conferência, foram eleitos os seguintes membros para a direção do PCdoB de Curitiba:

– Presidente: Jonivan Oliveira

– Vice-presidente: Márcio Marins

– Secretário de Organização: Cícero Martins

– Secretário de Finanças: Daniel Gaspar

– Secretária de Comunicação: Silvia Tafarelo

– Secretário de Formação: Antônio Navarro

Também compõe a direção plena do PCdoB de Curitiba:

– Arnaldo dos Santos

– Carlos Eduardo Vianna

– Carlos Maia

– Caroline Gross

– Célia Regina

– Gislene Brenner

– Laura Jesus

– Miriam Zampiri dos Santos

– Paulo Adolfo Nitsche

– Renato Munhoz

– Walter de Almeida

– Zineide Carvalho

– Carlos Bittencourt

Carta de Curitiba

O plenário da Conferência aprovou a carta de Curitiba onde o coletivo partidário aponta o norte da atuação partidária no próximo período e organiza sua militância em torno das bandeiras que são prioritárias para Curitiba. Leia na íntegra:

Combater os retrocessos do governo Greca

Defender a democracia e o progresso na cidade de Curitiba

Os (as) delegados (as) reunidos na 14ª Conferência Municipal do PCdoB de Curitiba no   rumo ao 14º Congresso Nacional do partido, entendem que esta Conferência se realiza em meio às graves crises política e econômica que persistem no Brasil, resultado de um golpe de estado desferido contra a presidenta Dilma e contra o conjunto da classe trabalhadora. Nesse quadro, nosso desafio é pensar Curitiba à luz das teses do Congresso nacional que devem orientar a intervenção política dos comunistas na cidade. Para tanto, entendem:

1- O governo de Rafael Greca é a expressão, em Curitiba, do governo golpista de Michel Temer.  O prefeito da capital aplica medidas de ajuste fiscal e implementa uma agenda conservadora que sacrifica os servidores públicos e a população trabalhadora;

2 –  Com dez meses de mandato à frente da Prefeitura de Curitiba, Rafael Greca lidera um governo essencialmente privatizante, antissocial e antidemocrático. Esta marca começa a ficar claro para a opinião pública e impõe a Greca inevitáveis sinais de desgaste, em menos de um ano de governo. Não por acaso, a pesquisa realizada pelo Paraná Pesquisas a pedido da Gazeta do Povo, feito pelo instituto entre os dias 26 e 28 de junho, aponta que 70% dos curitibanos desaprovam a administração municipal.

3 – Sustenta a agenda de retrocessos em curso, que desmonta a Constituição e a CLT, através das reformas neoliberais, que cortam investimentos na saúde, na educação e em outras áreas sociais;

4 – Realiza a violação dos direitos da população em situação de rua em Curitiba, promovendo atos de violência contra ela, bem como adota medidas “higienistas” e residuais e ações criminalizadoras que só oprimem e incentivam a violência contra esta população vulnerável, inviabilizando as possibilidades de superação da situação pelo acesso aos direitos e pela efetivação das políticas públicas;

5- Cada vez mais, os curitibanos se conscientizam sobre os ataques do prefeito ao patrimônio e aos serviços públicos, cuja expressão máxima é o pacotaço aprovado com apoio da cavalaria do Palacio Iguaçu  e tropa de choque da PM, sob intenso ataque aos servidores públicos A aprovação do confisco de R$ 700 milhões do Instituto de Previdência de Curitiba, onde 25 vereadores contra  nove contrários,  autorizaram  o prefeito Rafael Greca (PMN) a sacar o dinheiro que pertence aos 33 mil servidores municipais de Curitiba,

6 – O congelamento da data-base, do plano de carreira e as medidas do pacotaço representando perdas entre 29% e 36% nos vencimentos dos servidores públicos conforme aponta o estudo do DIESSE;

7 – Curitiba tem a passagem de ônibus mais cara das capitais do país. O aumento da violência e abusos tem feito vítimas entre os homens e mulheres. A crise do transporte coletivo em Curitiba é operado pelas mesmas famílias desde quando surgiram as primeiras canaletas de ônibus nos anos 1960. Desde 1962 a administração municipal vem concedendo o serviço de transporte público sem concorrência. Jaime Lerner, por exemplo, renovou a concessão da operação do transporte coletivo por 10 anos para estas famílias em 1981, no melhor estilo de seu pupilo Rafael Greca, sem justificativa;

8 – Já se anuncia medidas para um reajuste de 100% para 2018 do IPTU através de um projeto de lei encaminhado por Greca aos vereadores de Curitiba que pode trazer impacto significativo tendo em vista que a população já sofreu com o aumento em outros impostos e com as tarifas públicas da água e energia;

9 – Tarefa de destaque a ser implementada pelo partido no município é a preparação para a batalha eleitoral de 2018. Nossa intervenção nas campanhas de nossos candidatos majoritários e proporcionais será fundamental para a ampliação da influência política dos comunistas;

10 – Ampliar as fileiras partidárias, filiando novos e novas militantes e reforçando nossa presença em setores estratégicos, deve ser o objetivo da direção eleita. Para tanto, devemos buscar a ocupação geográfica da cidade, com atuação organizada dos militantes. Fortalecer a direção partidária, estão entre os desafios centrais para corresponder às necessidades atuais.

11 – A campanha nacional de recadastramento dos (das) filiados (as) deve continuar com o esforço redobrado no convencimento do coletivo partidário, assim como a incorporação de todos e todas na Sistema Nacional de Contribuição Militante (SINCOM);

12 – Precisamos insistir no funcionamento regular das instâncias de direção intermediárias, bem como dos organismos de base, com acompanhamento regular por parte dos dirigentes municipais. Fortalecer e encaminhar a política de quadros é uma exigência

13 – Intensificar a formação política dos (as) filiados (as) com cursos regulares e dinamizar a nossa política de comunicação são essenciais para assegurar o êxito da campanha de estruturação e fortalecimento do PCdoB em Curitiba;

É fundamental que a militância comunista, em unidade  com os movimentos sociais se articulem para mobilizar o povo contra o modelo de gestão da prefeitura da capital;  desmascare  o governo de Rafael Greca, o PCdoB deve participar ativamente do movimentos e de iniciativas que visem a defesa do patrimônio público, das políticas sociais para preservação dos serviços públicos, o resgate e o fortalecimento dos programas sociais, a ampliação dos canais de participação popular e o avanço das forças progressistas e democráticas em Curitiba. É preciso que, também na Cidade, o Partido, em articulação nas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, intensifique a luta pelo ‘Fora Temer’, pelas ‘Diretas Já’ e contra as reformas regressivas, e lute para construir uma frente ampla, que recoloque Curitiba no rumo de um projeto democrático, progressista e popular.

Fonte: PCdoB-Curitiba