O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) realizou sua 20ª Conferência Estadual do Rio de Janeiro, neste final de semana, entre os dias 20 a 22 de outubro. O evento foi realizado na UERJ, universidade que vem sofrendo muito com a péssima gestão do governo Pezão.

Já na abertura, na sexta-feira (20), o clima de unidade já marcava a Conferência Estadual do PCdoB. Um grande ato político foi realizado conclamando à unidade e amplitude. Diversas forças e personalidades políticas estiveram presentes, fortalecendo este importante momento dos comunistas no Rio de Janeiro.

Compuseram a mesa nomes como o do secretário nacional de organização do PCdoB, Ricardo Alemão; do economista José Carlos Assis; o dirigente nacional do MST, Joaquim Piñero; o presidente estadual da CUT, Marcelo Rodrigues; o presidente municipal do PDT-RJ, José Bonifácio; o dirigente estadual do PT, Fernanda Carísio; a presidenta do COREN, Maria Tyrrel; a dirigente nacional do MAB, Alexania; e o dirigente nacional do PSB, Joílson Carsodo; o presidente estadual da CTB-RJ, Paulo Sérgio Farias; o presidente estadual do PCdoB-RJ, João Batista Lemos; a deputada estadual do PCdoB, Enfermeira Rejane; e a deputada federal comunista, Jandira Feghali.

O ato foi um momento de grande unidade, todos os convidados falaram sobre o papel protagonista do PCdoB e da importância e força da unidade do Partido nas lutas do Rio de Janeiro e do Brasil. Como bem salientou a deputada federal Jandira Feghali:

“Um partido que sai de uma Conferência clandestina, consegue crescer e marcar politicamente esse país, que tem a maior bancada feminina do Congresso Nacional (proporcionalmente), que tem inserção nos movimentos sociais, no movimento negro, sindical, LGBT, feminista. Um partido que derramou muito sangue pela liberdade é um partido que não combina com falta de democracia, com falta de liberdade, com preconceito. Nós nunca vamos fazer luta por um Projeto Nacional de Desenvolvimento, luta pelas estatais, luta pela soberania nacional, desgarradas da luta contra o preconceito, da luta pela democracia e pela liberdade. E também não faremos lutas identitárias desgarradas da luta democrática, da luta pela soberania e da luta de classes”.

O dirigente nacional do Partido, Ricardo Alemão, fez questão de valorizar a unidade do Partido e a construção do processo em torno da 20ª Conferência Estadual do PCdoB. Como salientou Alemão: “Ninguém faz revolução sozinho, ninguém é maior que o Partido. Conseguimos com essa Conferência dar um passo muito importante, daqui pra frente é avançar mais e conquistar mais vitórias”.

O sábado (21) foi marcado por diversos debates e discussões em torno das teses do Partido e dos desafios do PCdoB no Rio de Janeiro e no Brasil. As discussões tiveram início ainda pela manhã e se estenderam até a noite. No sábado (21), a presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, esteve presente na Conferência fortalecendo ainda mais esse momento de extrema relevância para os comunistas fluminenses.

No domingo (22), os debates permaneceram e no início da tarde os delegados e delegadas do PCdoB votaram e elegeram o novo Comitê Estadual do Partido Comunista do Brasil no Rio de Janeiro, bem como, a delegação do estado que estará presente no 14º Congresso do PCdoB. Os 66 nomes eleitos para formarem o novo C.E, em seguida, votaram e – em clima de muita unidade – reconduziram João Batista Lemos à presidência estadual do PCdoB-RJ.

João Batista Lemos fez questão de falar aos camaradas e salientar a importância da unidade do Partido e da luta popular. O líder comunista afirmou:

“Repetindo João Amazonas, ‘a melhor qualidade para um comunista é ser militante comunista!’. Militar também é defender a unidade do Partido, militar é colocar o projeto político do Partido acima do seu interesse individual. Por isso estamos unidos aqui até essa hora. Penso que estamos dando um passo muito grande aqui no PCdoB pois saímos mais unidos dessa Conferência. Saímos mais estruturados em organizações de base e direções mais consolidadas. Temos mais condições política, ideológica e organizativa para enfrentar esse período de acirramento da luta política de classes. E para isso o Partido deve estar muito unido e aguerrido”.